Antropóloga tem 'ossos de vidro' e precisa de passagem elevatória.
Ela está 'presa' em MG enquanto aguarda situação ser resolvida.
Barrada
Após fazer o check-in no aeroporto da Zona da Mata, na tarde desta sexta, a professora contou que solicitou o ambulifit, que é destinado a transportar aquelas pessoas que têm dificuldades de locomoção, da sala de embarque até a aeronave, assim evitaria a subida de escada. Contudo, ela disse que foi informada de que não havia o equipamento no aeroporto. A alternativa, segundo Adriana Dias, seria ser levantada e carregada em uma cadeira até o avião, o que de acordo com ela representaria risco.
Após fazer o check-in no aeroporto da Zona da Mata, na tarde desta sexta, a professora contou que solicitou o ambulifit, que é destinado a transportar aquelas pessoas que têm dificuldades de locomoção, da sala de embarque até a aeronave, assim evitaria a subida de escada. Contudo, ela disse que foi informada de que não havia o equipamento no aeroporto. A alternativa, segundo Adriana Dias, seria ser levantada e carregada em uma cadeira até o avião, o que de acordo com ela representaria risco.
“Não existe isso. Expliquei que se me carregassem e a cadeira virasse eu poderia me quebrar inteira. Tenho a osteogênese e minha mobilidade é comprometida, mas não ofereço riscos a outras pessoas. Após saberem da minha doença, a empresa impediu meu embarque, alegando que eu deveria apresentar um laudo médico atestando que a minha patologia não é contagiosa”, explicou.
Além do laudo, a empresa disse que a usuária deveria ter avisado a companhia com 48 horas de antecedência sobre o voo.
O sentimento, segundo a antropóloga, é de indignação e frustração. “Sou militante da causa da deficiência. Há mais de 20 anos participo da criação de políticas públicas para pessoas com síndromes e doenças raras, e agora eu me vejo em uma situação surreal. Viajo o país com frequência e nunca me solicitaram esse laudo e nunca fui impedida de voltar para casa. Estou desamparada, me sentindo excluída por ser deficiente. Refém em um aeroporto. A única coisa que quero é voltar para casa”, desabafou.
Ainda conforme a Azul, a passageira não apresentou o Formulário Medif (Medical Information Form), que é exigido em condições adversas de saúde, e não informou à empresa sua necessidade 72 horas antes do voo, conforme a resolução nº 280 da ANAC. A Azul também informou que vai prestar toda a assistência necessária à cliente para que o embarque possa ser realizado em outra data ou até reembolsando o valor integral da passagem.
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