02/05/2014
Menino viveu no hospital até 1 ano e 5 meses, quando teve alta médica.
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O bebê de 1 ano e 8 meses, diagnosticado com uma doença rara
popularmente conhecida como ‘ossos de vidro’, morreu na manhã desta
sexta-feira (2), em Goiânia.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado por
volta das 9h, mas os socorristas não conseguiram reanimar a criança.
A suspeita é de que a criança tenha tido complicações em decorrência de
uma pneumonia. Segundo a pediatra que acompanha o bebê, Paula Pires, há
duas semanas, ele foi internado na UTI do Hospital da Criança com um
quadro grave da doença. Recebeu alta uma semana depois, mas, já em casa,
voltou a ter sintomas como febre, vômito e tosse constante.
Por ser extremamente frágil e exigir cuidados especiais, o bebê viveu no hospital até 1 ano e 5 meses, e só ganhou alta médica no último dia 17 de fevereiro, quando foi levado para a casa da avó materna, Juraci Quintino, no Setor Caravelas, na capital. Ela conseguiu na Justiça a guarda provisória da criança depois que a mãe alegou não ter condições de criá-la e disse que iria colocá-la para adoção.
Por ser extremamente frágil e exigir cuidados especiais, o bebê viveu no hospital até 1 ano e 5 meses, e só ganhou alta médica no último dia 17 de fevereiro, quando foi levado para a casa da avó materna, Juraci Quintino, no Setor Caravelas, na capital. Ela conseguiu na Justiça a guarda provisória da criança depois que a mãe alegou não ter condições de criá-la e disse que iria colocá-la para adoção.
De acordo com Juraci Quintino, o neto acordou tossindo muito, fraco e
não conseguia respirar direito. Quando o Samu chegou, ela conta que o
menino não apresentava mais sinais de vida. Os socorristas tentaram
reanimá-lo por cerca de 30 minutos, mas o bebê não resistiu. "Ele já
estava comigo há três meses e agora saiu assim, tão rápido. Não quero
aceitar", disse Juraci ao G1.
Como morreu em casa, o corpo do menino foi encaminhado para o Serviço
de Verificação de Óbito (SVO) e, até as 13h30, ainda não havia previsão
de quando seria liberado. O velório e o enterro serão na casa da avó
paterna, na cidade de Avelinópolis, a cerca de 60 km de Goiânia.
Por causa da enfermidade, o bebê
nasceu, no dia 30 de agosto de 2012, com inúmeras fraturas pelo corpo,
razão pela qual foi levado diretamente para a Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) do hospital. Durante nove meses, o menino respirou com a
ajuda de aparelhos.
Mesmo na UTI, o bebê quebrou o braço duas vezes ao brincar com um
chocalho. Quando teve alta médica, a fisioterapeuta Fernanda Ameloti
Gomes Avelino, que cuidou da criança, explicou que ele entendia tudo e
tinha um funcionamento cerebral bom.
A história da criança ganhou repercussão e mobilizou campanhas de
doações. Ainda no hospital, o bebê recebeu ajuda e um dos voluntários,
inclusive, pagava o plano de saúde para ele.
Para receber a criança, a avó reformou a casa e contou com a ajuda de vizinhos.
Os cômodos foram pintados e a sala se transformou no quarto do bebê e
dos avós, que devem dormir no mesmo cômodo. Juraci também comprou um
guarda-roupa novo para guardar as coisas do menino. A maioria foi doada
enquanto ele estava no hospital. Todas as doações que o bebê ganhou
foram levadas para a residência, entre elas, o berço e um ursinho, que
era o brinquedo preferido dele.
Fonte: G1
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